segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Continuação do Filme

Continuação do Filme (Doze homens e uma sentença)

No interior da sala do júri de um Tribunal americano, na cidade de Nova York. Tendo a sua cena inicial ainda na sala de audiências, quando a Juíza, de forma clara, orienta aos doze jurados para a regra básica a ser por eles utilizada para a definição do veredicto condenar ou absolver o réu quando tivesse certeza do veredicto e, em caso de dúvida ou discordância quanto a sua culpa ou inocência, deveria se utilizar do bom senso. A maioria dos jurados demonstrando cansaço pelo alto grau de calor e o ar condicionado não funcionava na sala. Os jurados seguiram o procedimento padrão, quando fizeram uma votação preliminar, antes mesmo de discutir quaisquer aspectos, Surge à surpresa não esperada por onze dos jurados, quando apenas um deles declarou entender ser inocente o réu, o mesmo não estava convicto da inocência ou quanto a sua culpa, pelo assassinato do seu pai. A verdade tinha uma grande parte dos jurados que demonstravam o desejo era mesmo de se livrarem e voltarem para suas casas. O que me chamou atenção um dos mais jovens, por várias vezes foi imparcial em suas decisões assim como desejava ardentemente a condenação do réu, mudava sua votação. Outra parte interessante, o jurado que levou todos os demais a refletirem sobre o caso, usou de argumentos, analisando as testemunhas: A mulher que usava óculos disse ter visto o assassino da janela do seu quarto, mesmo tendo um trem passando no momento; o homem manco afirma ter visto o acontecido de seu quarto, sentado à sua cama no momento do crime e ainda percorrido o trajeto;
A faca usada no crime provou-se que no comércio das proximidades havia facas idênticas a do crime. O Filme nos expõe, de forma lúdica, a história de um filho acusado de matar o próprio pai. Era evidente a culpa do réu, por que o mesmo não tinha história, não tinha dinheiro, não tinha fama... por que era uma pessoa comum, simplória e pobre... por que o réu era diferente da sociedade padrão que ali se apresentava. Na verdade está explícito no filme que diferentes versões depende do ângulo em que é olhado e ao apresentarmos argumentos a um determinado fato ou situação sempre tendemos a colocar o nosso ponto de vista, isto significa que num primeiro momento acredito que julgamos a partir das nossas questões internas, das nossas experiências e vivências e do que está presente no nosso consciente ou inconsciente.

Obs.: em construção
Geny Schwartz da Silva

2 comentários:

Giselda Correa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Giselda Correa disse...

Querida Geny, aproveitando tuas postagens referentes ao filme, coloco meu ponto de vista: Ficou evidenciado após ter assistindo o filme, que o preconceito obscurece a verdade, ou seja, que se não conseguimos nos colocar no lugar do outro e não dermos atenção ao que acontece ao nosso redor, conseqüentemente faremos um julgamento pré-estabelecido das pessoas, criando estigmas sociais e culturais. E até que ponto temos o direito de julgar alguém sem termos pelo menos a noção dos acontecimentos ou da realidade que cerca cada um? Evidências havia para culpá-lo ou inocentá-lo, mas e os argumentos? Será que realmente as pessoas que estavam lá deixaram pelo menos uma vez de olhar para seu próprio umbigo e procuraram colocar-se no lugar do réu? Como lembrou um dos jurados “todos nós temos direito à dúvida”, por isso devemos esgotar todas as possibilidades de questionamentos e reflexões para chegarmos então a uma conclusão. E é aí que este filme antigo e ao mesmo tempo tão atual nos faz pensar o valor da atenção e que é preciso saber ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma das pessoas.